Transtorno Obsessivo Compulsivo
30 de junho de 2021
Transtorno Obsessivo Compulsivo

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Transtorno Obsessivo-Compulsivo está entre as 10 maiores causas de incapacitação das pessoas.
Somente no Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores do TOC. Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente afetadas, nunca foram diagnosticadas e nem tratadas.
O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) é um transtorno mental crônico no qual as pessoas têm pensamentos, ideias ou sensações recorrentes e indesejadas, que resultam em ações compulsivas de repetição. Os comportamentos repetitivos, como lavar as mãos, checar as coisas ou limpar compulsivamente, por exemplo, interferem significativamente na vida de quem convive com este transtorno, prejudicando as atividades diárias dos pacientes.As pessoas podem experimentar obsessões, compulsões ou ambos, e elas causam muita angústia.
As pessoas que sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo geralmente sabem que obsessões e compulsões não fazem sentido, mas ainda sentem que não podem controlá-las. Além disso, as obsessões e compulsões também podem mudar com o tempo.
Sinais e sintomas
Obsessões: alterações do pensamento
Dúvidas e a necessidade de ter certeza;
Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação;
Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios relacionados a sexo;
Preocupação com simetria, exatidão, ordem, sequência ou alinhamento;
Pensamentos supersticiosos com números especiais, cores de roupa, datas e horários que podem causar desgraças.
Compulsões:
Alterações do comportamento
Rituais e repetições;
Indecisão;
Lentidão para realizar tarefas;
Aflição;
Medo;
Culpa;
Causas do Transtorno Obsessivo Compulsivo
Não se sabe exatamente o que acarreta o desenvolvimento do transtorno obsessivo compulsivo, mas entre as principais causas estão:
Propensão genética: pessoas que tenham caso na família de Transtorno Obsessivo Compulsivo têm mais propensão a desenvolver a doença;
Fatores biológicos: alguns estudos sugerem alterações na química natural do corpo ou nas funções cerebrais de pacientes com transtorno obsessivo compulsivo.
Meio Ambiente: pessoas que sofreram algum trauma ou abuso, ou que convivam em um ambiente que não seja considerado mentalmente saudável, que os cuidadores apresentavam comportamentos compulsivos, por exemplo, podem ter mais propensão a desenvolver Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Diagnóstico do Transtorno Obsessivo Compulsivo
Geralmente, para o diagnóstico do transtorno obsessivo compulsivo é verificada a presença de obsessão e / ou compulsões que consomem muito tempo (mais de uma hora por dia) e que causem grande sofrimento e atrapalhem negativamente a vida cotidiana da pessoa.
Isso porque há uma diferença entre ser perfeccionista (quando alguém é muito exigente com o próprio desempenho, por exemplo) e ter Transtorno Obsessivo Compulsivo. Os pensamentos do Transtorno Obsessivo Compulsivo vão além de preocupações excessivas com problemas reais da vida ou com a preferência em deixar as coisas limpas ou organizadas de certa maneira. Pacientes com transtorno obsessivo compulsivo não conseguem controlar os pensamentos invasivos, fazendo com que as suas obsessões e compulsões afetem consideravelmente a própria qualidade de vida.
Pode ser difícil diagnosticar o transtorno obsessivo compulsivo, uma vez que os sintomas podem ser semelhantes aos de outros distúrbios mentais como ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade, entre outros. Por isso é de extrema importância buscar avaliação com um especialista em saúde mental, para obter o diagnóstico e o tratamento adequados.
Tratamentos e Terapias
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é tipicamente tratado com medicação, psicoterapia ou uma combinação dos dois. Embora a maioria dos pacientes com TOC responda bem ao tratamento, alguns pacientes continuam sentindo os sintomas.
Às vezes, as pessoas com TOC também têm outros distúrbios mentais, como ansiedade ou depressão. Podem acreditar equivocadamente que uma parte de seu corpo é anormal. É importante considerar esses outros distúrbios ao tomar decisões sobre o tratamento. Além disso, é muito importante saber como escolher um bom psicólogo.
Denise Ravin - Psicóloga Clínica
Kátia Lapate - Psicóloga Clínica