AMOR PRÓPRIO

O que é amor-próprio?

Amor-próprio é a afeição nutrido por si mesmo. É a aceitação das qualidades, defeitos, conquistas, fracassos, escolhas e experiências de vida em sua plenitude.

Esse termo também diz respeito ao autocuidado que temos conosco, com o nosso corpo, mente e alma. Esse apreço independe da aparência, origem, situação financeira, nível de escolaridade e demais variáveis externas. Todas as pessoas podem amar a si mesmas, independente de suas situações de vida. 

Vale ressaltar que o amor-próprio não é um sinal de que você ama tudo em você, ou que você acredita que sempre acerta em tudo o que faz. Na verdade, ele é a constatação de que você é uma pessoa que tem defeitos e que erra — e isso não faz com que você mereça menos afeto ou menos amor.

O amor-próprio é um dos pilares que sustentam a autoestima. O outro é o poder pessoal. Enquanto o poder pessoal se mostra associado à autoconfiança, o amor-próprio se relaciona à nossa autoaceitação.

O amor-próprio é a raiz da autoestima. Cuidando dele, torna-se mais fácil trabalhar o poder pessoal. E para uma sólida autoestima, é preciso trabalhar o amor-próprio em todos os níveis integradamente. Quais são eles?

- Corpo – buscando saúde e qualidade de vida, sem se prender a padrões externamente impostos. Saúde – alimentação equilibrada (sem se tornar escrava de dietas) , exercícios físicos (descobrir algo que sem prazer em fazer), cuidados médicos (pensando sempre na prevenção) e estética (buscando com equilíbrio e prazer em fazer algo por você, e não a busca incessante da beleza perfeita).

- Mente – buscar a consciência de si mesmo, quanto mais você se conhece, mais é capaz de lidar com suas capacidades, fortaleza, fragilidades e dificuldades. Estar atenta aos pensamentos e sentimentos, consequentemente sua ação para com o meio será mais consciente e madura. Quando necessário buscar auxílio através da psicoterapia, que pode ser uma importante ferramenta na compreensão do seu amor por si mesma.

- Espiritual – aqui não quer dizer necessariamente estar ligada a uma filosofia religiosa, mas sim a espiritualidade que tem a ver com o propósito e sentido que a pessoa encontra para a sua vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio. Algumas encontram essa conexão com a religião, ou com o divino. Enquanto outras, podem achar com eles mesmas, na convivência com pessoas queridas, arte, natureza etc. Isso vai variar de acordo com a crença e os valores de cada um.

O amor-próprio ainda é um desafio, em uma sociedade que exclui as pessoas apenas por elas serem elas mesmas. É um caminho com muitos altos e baixos, angústias, superações e vitórias.

Ainda que não seja fácil, a jornada para se amar vale a pena. Você vale a pena. Você também merece todo o amor que você oferece aos outros, ainda que nem sempre isso pareça verdade. Você é uma pessoa única no mundo.

Portanto, aceite que você é especial do jeito que é. Não se cobre para ter uma história semelhante à de uma personalidade de sucesso ou a alguém digno de sua admiração. Caminhe com os seus próprios pés, fazendo uso de suas competências e qualidades, e ao mesmo tempo buscando seu aperfeiçoamento contínuo com a consciência também dos defeitos e limitações.