Transtorno Bipolar
11 de agosto de 2021
Transtorno Bipolar

Transtorno Bipolar
Esse transtorno é caracterizado pela alternância de dois estados emocionais opostos; caracterizado, ora por períodos de extrema tristeza, ora, por períodos de intensa euforia.
A causa exata do transtorno afetivo bipolar é desconhecida. No entanto, estudos sugerem que o problema pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro:
1. Fatores Químicos – nos níveis de vários neurotransmissores;
2. Fatores Genéticos – heranças passadas de pais para filhos;
3. Fatores Ambientais – condição socioeconômica desfavorável (desemprego ou baixa renda) estado civil (solteiro) e mulheres puérperas (nos três primeiros meses pós-parto);
Este tipo de patologia afeta tanto homens como mulheres e pode começar no final da adolescência ou no início da idade adulta.
O transtorno afetivo bipolar provoca mudanças sérias no humor, na energia, no pensamento e no comportamento do indivíduo. Os episódios podem durar dias, semanas ou meses e interferir nas tarefas, relações interpessoais e no cotidiano. A doença causa grande impacto na vida do paciente com prejuízo nos estudos, no trabalho e na vida familiar.
Conforme a “Associação Brasileira de Transtorno Bipolar” (ABTB), a quantidade de pessoas com esse problema gira em torno de 4% da população mundial e 8% da população brasileira (15 milhões de brasileiros).
Esse distúrbio é caracterizado por 3 tipos de transtorno bipolar que se diferenciam pelos tipos de sintomas apresentados e pelo tempo que duram, devendo ser avaliados por um psiquiatra ou psicólogo:
Transtorno Bipolar I. É caracterizado principalmente por períodos de mania, em que a pessoa apresenta um humor excessivamente feliz, com extrema euforia, sensação de energia e agitação.
O indivíduo pode apresentar profundas mudanças comportamentais e que influenciam sua conduta. Nesse estado de instabilidade psíquica, há um risco expressivo de afetar as relações familiares, sociais, afetivas, escolares e profissionais.
Embora os episódios de mania sejam mais frequentes, a pessoa também tende a apresentar episódios alternados de depressão.
Transtorno Bipolar II. Esse tipo de bipolaridade é caracterizado por episódios depressivos e hipomaníacos; porém, são mais leves e não interferem no dia a dia da pessoa. Geralmente, a pessoa apresenta maior sociabilidade, impulsividade, menor necessidade de sono e energia para as atividades.
Transtorno Ciclotímico III. Caracterizado por sintomas hipomaníacos e depressivos persistentes, que podem ser uma forma leve de transtorno bipolar. Esses sintomas duram mais e podem persistir por pelo menos 2 anos. Devido aos sintomas serem muito semelhantes com depressão, muitas pessoas acabam sendo tratadas para depressão, em vez de transtorno bipolar.
Os principais sinais e sintomas desse distúrbio assumem um caráter de bipolaridade na expressão de suas características mais evidentes.
A identificação desses fenômenos ajuda na diferenciação dos tipos de transtornos para determinação do diagnóstico.
Os sintomas mais comuns em fase de mania ou hipomania:
- diminuição da necessidade de sono;
- irritabilidade;
- ideias suicidas;
- esquecimento;
- ganho de peso;
- fala compulsiva;
- culpa excessiva;
- aumento da libido;
- autoestima elevada;
- agitação psicomotora;
- delírios e alucinações;
- falta de interesse pela vida;
- falta de foco e de atenção nos objetivos.
Sintomas em fase depressiva:
- apatia;
- ideação suicida;
- culpa excessiva;
- redução do libido;
- isolamento social;
- distúrbios do sono;
- mania de grandeza;
- alterações de apetite;
- agitação psicomotora;
- desinteresse pelas atividades de lazer e profissionais.
Tratamento
Por apresentar diversos sintomas em diferentes intensidades em cada pessoa, o transtorno bipolar pode ser facilmente confundido com outras doenças, como : a esquizofrenia ou depressão; logo é preciso acompanhamento de profissionais especializados como psicólogo e psiquiatra, que levarão em conta todo o histórico do paciente e ajudarão a identificar as causas dos sintomas.
O transtorno bipolar não tem cura; mas, pode ser controlado com tratamento de psicoterapia e/ou tratamento psiquiátrico com uso de remédios prescritos pelo mesmo, caso necessário.
Kátia Lapate - Psicóloga Clínica.
Denise Ravin – Psicóloga Clínica.